sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

As Mulheres Francesas não Engordam

É difícil não classificar este livro como sendo um livro de dieta. Mas já que ele não foi escrito por um médico, não tem propriedades para tal. Mas também é difícil dizer que ele não é um livro do gênero.
Em "As Mulheres Francesas não Engordam", a autora relata, através de sua experiência pessoal e seus aconselhamentos, os aspectos culturais que segundo seu ponto de vista permitem que o índice de obesidade não seja tão alto na França como é nos Estados Unidos. Após a experiência de intercâmbio nos Estados Unidos na adolescência, a autora francesa se viu muitos quilos acima do peso sem nunca ter tido este tipo de problema. Após voltar para a França e fazer faculdade, a autora acaba por ir trabalhar nos Estados Unidos como representante da marca de vinhos Clicquot. E desde a primeira experiência nos Estados Unidos passa a conviver com uns quilinhos a mais. A autora teve apoio de um médico de família que a orientou inclusive para a dieta. Mas tem muitos toques pessoais no seu programa.
A minha opinião é muito pessoal. Eu gostei do que me agradou de saber. Ademais a discussão sobre farinha branca, gordura, carboidratos, comer de 3 em 3 horas, ingerir muita água, etc... algumas coisas soaram como mágica para os meus ouvidos. Francesas não vão à academia. Francesas são "sedentárias". Mas francesas não reclamam de andar de um lado a outro pela casa várias vezes ou mesmo no escritório bem como optam por deslocamentos a pé sempre que possível evitando utilizar o carro. Então, por favor, não espere que eu volte para academia. Musculação só desgasta as articulações podendo comprometer a saúde a longo prazo.
Outra coisa que não parece fazer muito sentido atualmente mas que eu adorei saber é a importância de consumir os produtos durante a estação. São dois pontos distintos, um a moderação já que ao associar o produto a uma época do ano acabamos por distribuir uniformemente os alimentos sem exagerar em nenhum. E esperar por ele também faz com que não enjoe. E o outro é consumir sempre os produtos quando estes estão mais saborosos. Uma coisa que percebo que os franceses fazem é saborear a comida. Esta relação de amor com os alimentos faz muita diferença. Curiosamente eu já tinha o costume de saborear a comida desde que eu comecei a cozinhar pra valer. Eu tenho meus dias de preguiça, eu tenho um repertório bastante enxuto, mas eu quase que só como comida caseira.
A receita detox de alho poró e as sugestões de cardápio contendo receitas espero não precisar fazer uso, mas são outras dicas valiosos bem como o cuidado de identificar e controlar as recompensas.
Para quem não gosta de dieta com contagem de calorias, ou pontos ou seja o que for, nesta modalidade também faz parte anotar os alimentos que consome, principalmente aqueles que não fazem parte da refeição.
A autora também faz uma grande crítica para o péssimo hábito de não ter rotina para as refeições. E eu via muito isso nas vezes que eu fui para os Estados Unidos. Cada um almoça no hora que quer e se quiser. Muitas vezes os eventos nem param para a hora do almoço. E os restaurantes servem refeições e lanches comumente. Então fica muito fácil não ter uma rotina. Por outro lado, também é muito fácil adotar a rotina saudável, só basta ter disciplina. Mas este é um conceito que tem estado em desuso.
Mas o ponto principal está em identificar o vilão e estabelecer limites para este vilão. No caso da autora, seu vilão é o chocolate e as variações de doces que vêm junto. A dica dela foi mudar o caminho de volta pra casa para não passar na frente de padarias e confeitarias e não cair pelos doces. Já eu prefiro não ter em casa e só usar como recompensa. Então deve ser muito bem pensado.
Recomendo bastante a leitura para as pessoas que não precisam fazer regime e têm poucos quilos para perder. São dicas simples mais valiosas que podem ajudar a corrigir o que te incomoda.

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